Começou o compra-compra e o pula-pula, uma das políticas mais complicadas de ver e viver em Caxias pode ser essa. Para quem gosta de uma política volátil como eu, vou me sentar para assistir de perto os efeitos das restrições do TSE. Com aliados insatisfeitos tanto na oposição quanto na situação, o pula-pula será inevitável ou talvez até sem aviso prévio.
Uma coisa é certa: o pula-pula já começou. Por baixo dos panos, muitas promessas vazias estão sendo feitas, principalmente vindo das velhas raposas conhecidas no cenário caxiense. Mas não para por aí. Não são apenas aliados e cabos eleitorais, tem também uns vereadores cartas marcadas que já estão mudando de lado. Conforme minhas análises, faltas em eventos de seus aliados e postagens em redes sociais mostram que esses mais experientes estão só aguardando cair aquela bagatela para dar um salto bem alto.
Como vivemos em uma democracia, as restrições do TSE fazem diferença quando se trata do planejamento político de um articulador. Desde o último sábado (6), três meses antes do pleito, os agentes públicos não podem nomear, contratar e demitir por justa causa servidores públicos. A lei abre exceção para nomeação e exoneração de pessoas que exercem função comissionada e a contratação de natureza emergencial para garantir o funcionamento de serviços públicos essenciais. Essas restrições são para garantir a lisura e assegurar o uso da máquina pública para compra de aliados, mas afetam diretamente a articulação política. Ou seja, como não pode entrar e nem sair, o pula-pula começa nesse mesmo dia.
Para ilustrar a situação, podemos lembrar a frase de George Orwell em "A Revolução dos Bichos": "Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros." Essa frase reflete bem a hipocrisia e as promessas vazias que permeiam o cenário político de Caxias, onde, por trás das aparências, interesses pessoais e manobras políticas definem o rumo das ações.