Gabriel Tenório, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Matões, enfrentou mais uma derrota na Justiça Eleitoral, desta vez no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), na última segunda-feira, 23 de setembro. A decisão marca a terceira derrota consecutiva do petista, que vem encontrando dificuldades em sua campanha, tanto no campo jurídico quanto na opinião pública.
Após ter um pedido de suspensão de uma pesquisa eleitoral indeferido e ser multado em R$ 5 mil por propaganda irregular, Tenório protocolou um mandado de segurança no TRE-MA, na tentativa de reverter a decisão anterior que permitia a divulgação da pesquisa. No entanto, o juiz Ferdinando Serejo negou o pedido, citando a falta de documentação essencial no processo e afirmando que o recurso apresentado pela defesa do candidato não possuía fundamento jurídico suficiente para revisão.
"A impetrante não juntou aos presentes autos cópia integral do processo originário (...), o que compromete significativamente a análise da alegada ilegalidade ou abusividade da decisão impugnada", destacou o juiz, apontando ainda que a decisão original não apresentava irregularidades gritantes que justificassem uma intervenção.
A sucessão de derrotas judiciais começa a levantar questionamentos sobre a estratégia de Gabriel Tenório. Suas tentativas de barrar a divulgação de pesquisas e sua insistência em disputas jurídicas podem ser vistas como tentativas de contornar o processo democrático, em vez de focar em propostas sólidas que realmente conquistem os eleitores. Esse comportamento tem gerado críticas, especialmente por parte de adversários, que acusam Tenório de usar a Justiça como um mecanismo de retaliação contra sua própria queda de popularidade.
Ao mesmo tempo, suas dificuldades em se estabelecer como uma alternativa forte na corrida eleitoral revelam um possível desgaste de sua imagem política, alimentado por uma série de decisões judiciais desfavoráveis. Para um candidato que tenta se consolidar como a principal oposição, o acúmulo de reveses judiciais enfraquece sua posição, e a campanha de Gabriel Tenório começa a ser vista por muitos como excessivamente litigiosa e pouco propositiva.
Como pontuou uma vez George Orwell, em 1984: “No fim, eles te vencem não pela força, mas pelo convencimento.” Resta saber se Tenório conseguirá reverter essa maré negativa com uma abordagem mais centrada nas propostas, ou se continuará a afundar em disputas jurídicas que parecem desgastar ainda mais sua candidatura.