Mais uma vez, a tentativa de um político de silenciar jornalistas no Brasil não deu certo. A Coligação "Caxias é do Povo" tentou processar o jornalista Ygor Motta, acusando-o de prejudicar a imagem do candidato Paulo Celso Fonseca Marinho Júnior, o Paulinho, com uma suposta propaganda eleitoral negativa. A ideia era que uma matéria publicada no portal "Portalne.com" teria divulgado informações falsas, sugerindo que Paulinho estaria novamente envolvido em problemas jurídicos.
No entanto, o juiz decidiu que a publicação de Motta não ultrapassou os limites da liberdade de expressão garantida pela Constituição, destacando que críticas contundentes, mas sem inverdades, fazem parte do jogo democrático. Como já dizia George Orwell em 1984, “a liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro. Se isso for concedido, todo o resto vem por si só.” Essa tentativa de "calar" uma voz crítica seguiu o mesmo roteiro já conhecido, especialmente quando o candidato sai derrotado nas urnas e acaba buscando reparação nos tribunais.
Essa prática é familiar no Brasil, principalmente quando se tenta recuperar o prejuízo da campanha. Mas, desta vez, Ygor Motta saiu vitorioso e deixou claro que não será ele quem vai sustentar a campanha de ninguém. A decisão reforça a importância da liberdade de imprensa e do direito ao debate político, que deve aceitar críticas e questionamentos, mesmo quando incomodam.
