Em um movimento que promete redesenhar o cenário político maranhense, o senador Weverton Rocha (PDT) e o governador Carlos Brandão (PSB) decidiram unir forças, pondo fim à rivalidade que marcava suas trajetórias. O acordo sela uma nova fase de cooperação entre os dois líderes e já começa a moldar as articulações para as eleições de 2026.
Após intensas negociações, o Palácio dos Leões confirmou apoio à candidatura de Weverton à reeleição no Senado, oferecendo-lhe uma posição privilegiada tanto no governo quanto na futura chapa eleitoral. As tratativas incluem a garantia de espaço para o pedetista e um arranjo estratégico para as duas vagas de senador a serem disputadas em 2026. A primeira delas, segundo fontes próximas, já está praticamente definida para o ministro André Fufuca (PP), que pode ter Fábio Gentil como vice, o que reforça a amplitude e o impacto político da aliança.
A aproximação entre Rocha e Brandão se consolidou após uma decisão decisiva do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que ordenou a exoneração de familiares do governador de cargos públicos no governo estadual. A medida trouxe à tona tensões latentes e gerou especulações sobre a influência do ministro Flávio Dino na política maranhense.
A aliança formalizada reflete também um distanciamento crescente entre Dino e Brandão, cujas divergências políticas, antes disfarçadas, agora são cada vez mais evidentes. Embora Dino mantenha um papel institucional no Judiciário, seu peso político no Maranhão continua a reverberar, contribuindo para o realinhamento das forças políticas no estado.
Essa reviravolta sugere que as eleições de 2026 poderão ser marcadas por novas coalizões e dinâmicas, com Weverton Rocha e Carlos Brandão já se preparando para navegar juntos nesse complexo xadrez político. As implicações dessa aliança prometem repercutir profundamente na definição das candidaturas e nas estratégias eleitorais que se desenrolarão nos próximos meses.