CAXIAS — A política caxiense, conhecida por suas reviravoltas inesperadas, ganhou mais um capítulo intrigante com a derrota de Paulinho, o candidato da oposição, nas últimas eleições. Em uma jogada ousada e arriscada, Neto do Sindicato, que disputava uma vaga pelo Partido Progressista (PP), teria incentivado sua base de apoio no PT a se aliar a Paulinho. No entanto, a manobra não apenas falhou em fortalecer o adversário como também deixou Neto em uma posição complicada — e tudo isso para, no final, Paulinho sair derrotado.
A estratégia, que parecia ser uma jogada para minar o "chapão" liderado por Fábio Gentil, acabou saindo pela culatra. O próprio PT, que anunciou apoio a Paulinho por meio de sua presidente Poliana, contribuiu para uma série de confusões nos bastidores. O resultado final é que o candidato eleito a vereador pelo PT, em vez de ser um aliado firme de Paulinho, é um fiel escudeiro de Fábio Gentil, demonstrando a imprevisibilidade das alianças políticas na cidade.
Essa dinâmica não é inédita para quem acompanha a política caxiense. O PT, em um movimento que já virou quase uma característica da sigla local, conseguiu enfraquecer seus próprios aliados. Com a tentativa de apoiar Paulinho, a base petista fragmentou-se, e o partido, mais uma vez, parece ter sabotado a si mesmo e seus parceiros.
Neto do Sindicato, que inicialmente parecia estar em uma posição favorável para ser eleito como o último integrante do "chapão", viu suas chances desmoronarem à medida que as alianças cruzadas e o apoio divergente do PT enfraqueceram sua candidatura. O próprio silêncio de Neto sobre essa manobra levanta suspeitas de que ele esteja evitando acusações de infidelidade partidária.
Paulinho, que contava com o apoio informal de Neto e do PT, acabou amargando a derrota, transformando essa tentativa de articulação política em uma história digna de nota. Nos bastidores, as ironias são muitas: o PT, ao tentar eleger Paulinho, ajudou a consolidar um aliado de Fábio Gentil; Neto, ao abandonar o Gentil, perdeu sua chance de ser eleito; e, no fim, a oposição acabou mais fraca do que nunca.
Os analistas locais se perguntam se essa confusão política foi resultado de cálculos estratégicos errados ou se reflete uma complexa teia de interesses que se desenrolou de forma imprevisível. De qualquer maneira, a derrota de Paulinho e a consequente desarticulação de Neto do Sindicato deixam claro que, em Caxias, nada é o que parece — e o PT, mais uma vez, mostra uma habilidade curiosa de derrotar seus próprios aliados.